domingo, 25 de novembro de 2007

Animais Obesos?!

Segundo alguns estudos realizados em vários países os nossos animais domésticos seguem os donos no caminho da obesidade. Está provado que mais de metade dos animais de estimação no Reino Unido têm peso a mais, e nos EUA cerca de 5% dos cães são obesos e 20-30% têm peso acima do normal recomendado.

Segundo um estudo realizado em Ohio, a sua população continua a caminhar para a obesidade e são seguídos pelos seus animais de estimação. Apesar da obesidade nos animais ter menos consequências graves nos animais do que tem nos adultos, esta pode causar problemas como stress muscular e esquelético, artrite, diabetes, doença hepática e doenças cardiovasculares.

Comparativamente, o aumento de 5 kg num cão que devia pesar 17 kg é o equivalente a aumentar 50 kg numa pessoa que devia pesar 170kg.

Assim dia 5 de Janeiro deste ano, foi aprovado o primeiro fármaco para redução de peso dos cães obesos. Este fármaco, o slendrol diminui o apetite e diminui a absorção de gordura, fazendo diminuir o peso dos animais.

Na minha opinião, o uso destes fármacos apenas devia ser realizado em casos extremos, já que facilmente se aumenta actividade física de um animal domestico, basta os donos perderem cerca de 20 minutos por dia certificando-se que o seu animal de estimação corre, salta e gasta energia de qualquer maneira. Queria saber a vossa opinião. O que acham deste assunto?

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Que estratégias usa a indústria alimentar para comunicar sobre os produtos alimentares?

As indústrias alimentares utilizam basicamente três estratégias para divulgar os seus produtos alimentares:

1) dar a conhecer os seus produtos alimentares destacando os benefícios dos seus nutrimentos, as suas características ou até mesmo o seu modo de utilização.

2) fazer gostar do produto em causa, salientando os seus aspectos gustativos e nutricionais.

Estas estratégias terão como finalidade fazer agir, isto é, levar o consumidor a provar o produto no sentido de verificar as suas características ou qualidades. Mais raramente, o consumidor é levado a tentar encontrar mais informação acerca do produto ou até mesmo aderir a uma causa à qual esse produto está associado.

Quem produz a ciência? São os nutricionistas que comunicam essa ciência? Influenciam ou não o que comunicam? Conseguem ser imparciais ou neutros?

Grande parte dos conhecimentos científicos que actualmente dispomos acerca da alimentação e nutrição humana, resultam dos trabalhos de investigação que os cientistas desenvolvem. Mas nem todos trabalham para a produção de conhecimentos. Alguns limitam-se a estudar esses conhecimentos e a divulgá-los aos cidadãos.

Ao comunicar, um nutricionista deve tentar filtrar os seus conhecimentos de modo a elaborar um discurso de acordo com o publico a que se destina. Este possui a sua própria opinião acerca dos conhecimentos que vai adquirindo, usando diferentes métodos mas igualmente correctos, para atingir os mesmos fins. Por exemplo, diferentes nutricionistas podem elaborar diferentes planos alimentares para tratar um mesmo paciente e o cumprimento de qualquer um deles levará certamente a resultados muito semelhantes.

A comunicação sobre a alimentação depende do investimento económico e politico disponível. Estes a agentes podem levar à divulgação de estudos cujos resultados são pouco ou nada significativos, mas mesmo assim são mais apelativos ao publico geral e por isso mais proveitosos para os respectivos agentes económicos e politicou, como é o caso da inclusão de L-carnitina nas bolachas.

Assim, é importante que os consumidores estejam atentos aos conhecimentos divulgados e que tenham uma atitude reflexiva relativamente aos conflitos entre a investigação científica (que pode realmente contribuir para o melhoramento da saúde das populações) e os interesses económicos e políticos.

Mostramos agora um exemplo, de como os nutricionistas podem modificar comportamentos dentro da sociedade. Neste caso trata-se da retirada da televisão da publicidade enganosa a dietas milagrosas, decretada pelo governo espanhol e conduzida pela Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutrição (AESAN).