sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Quem produz a ciência? São os nutricionistas que comunicam essa ciência? Influenciam ou não o que comunicam? Conseguem ser imparciais ou neutros?

Grande parte dos conhecimentos científicos que actualmente dispomos acerca da alimentação e nutrição humana, resultam dos trabalhos de investigação que os cientistas desenvolvem. Mas nem todos trabalham para a produção de conhecimentos. Alguns limitam-se a estudar esses conhecimentos e a divulgá-los aos cidadãos.

Ao comunicar, um nutricionista deve tentar filtrar os seus conhecimentos de modo a elaborar um discurso de acordo com o publico a que se destina. Este possui a sua própria opinião acerca dos conhecimentos que vai adquirindo, usando diferentes métodos mas igualmente correctos, para atingir os mesmos fins. Por exemplo, diferentes nutricionistas podem elaborar diferentes planos alimentares para tratar um mesmo paciente e o cumprimento de qualquer um deles levará certamente a resultados muito semelhantes.

A comunicação sobre a alimentação depende do investimento económico e politico disponível. Estes a agentes podem levar à divulgação de estudos cujos resultados são pouco ou nada significativos, mas mesmo assim são mais apelativos ao publico geral e por isso mais proveitosos para os respectivos agentes económicos e politicou, como é o caso da inclusão de L-carnitina nas bolachas.

Assim, é importante que os consumidores estejam atentos aos conhecimentos divulgados e que tenham uma atitude reflexiva relativamente aos conflitos entre a investigação científica (que pode realmente contribuir para o melhoramento da saúde das populações) e os interesses económicos e políticos.

Mostramos agora um exemplo, de como os nutricionistas podem modificar comportamentos dentro da sociedade. Neste caso trata-se da retirada da televisão da publicidade enganosa a dietas milagrosas, decretada pelo governo espanhol e conduzida pela Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutrição (AESAN).


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